Parece que alguém decidiu continuar imitando a newsletter do Lawrence Block.
Não diria que é uma imitação. Na verdade, adoro escrever diálogos. É minha parte predileta da escrita de ficção. Gosto de criar vozes diferentes (ou pelo menos tentar atingir esse efeito, algo bem difícil), é um processo fascinante. E do tanto que você fala no Lawrence Block, daqui a pouco vão pensar que estou trabalhando pra ele (o que não seria mal, Lawrence Block, #mepatrocina).
Todo moderno ele usando hashtags.
Cachorro velho também aprende truques novos.
Falando em diálogos, notei que você trouxe algo diferente hoje.
Sim, teremos uma História em Quadrinhos! A trama é conduzida pelo diálogo e envolve uma carta, olha só. Roteiro meu, arte espetacular de Lu Vieira. Essa HQ faz parte de um projeto chamado “Vinhetas Sombrias”. A ideia é fazer uma compilação de histórias curtas como a publicada aqui hoje. Lu desenhou duas histórias, Ronald Perrone desenhou outra, e espero que o futuro traga mais algumas.
E quem é Lu Vieira?
“Lu Vieira é porto-alegrense, nascida em 1986. Começou a trajetória artística na adolescência como aluna do Atelier Livre Xico Stockinger e no IA-UFRGS. Atualmente trabalha com cartum, arte, ilustração, tatuagem e tradução. É colaboradora do Jornal Grifo da GRAFAR e auxiliar do quadrinista italiano Carlo Ambrosini. Já participou de inúmeras mostras de Arte e Salões de humor, entre elas o Salão de Humor de Piracicaba.”
Só copiou e colou essa bio, né?
Copiei a bio da Lu que está na página da CCXP. Chique, hein? A Lu participou do evento em dezembro passado. Confiram um pouco dessa aventura clicando aqui.
Então chega de ficar escrevendo diálogo e vamos ler essa história aí.
Calma. Já vai...
A Dama de Espadas
Roteiro – Cesar Alcázar / Arte – Lu Vieira
Embora seja uma história aparentemente passada nos anos 1920, há uma atmosfera forte de Western em “A Dama de Espadas”. Tanto eu quanto Lu somos apaixonados pelo gênero, e isso fica evidente durante a leitura da HQ. Aliás, a inspiração dessa história vem de uma cena do filme “Sangue em Sonora” (The Appaloosa), com Marlon Brando, que recomendo.
Ah, você disse Western? Vai falar dos meus anos de blogueiro cinematográfico? Das resenhas de Spaghetti Western?
Vou. Mas não dessa vez.
Sacanagem...
Paciência. Quem sabe na próxima?
A primeira edição de Cartas Perigosas, com o conto “Um Duelo em Marselha”, teve uma recepção maravilhosa. Fiquei muito feliz com as mensagens que recebi. Ainda ganhei um presentão. “Um Duelo em Marselha” menciona duas figuras reais, Pierre Dupont e François Fournier, soldados franceses que lutaram nas Guerras Napoleônicas. Essa dupla serviu de inspiração para Joseph Conrad escrever a novela “Os Duelistas” (The Duel), mais tarde adaptada para o cinema por Ridley Scott (e que belo filme!). Absorvendo tudo isso, o ilustrador Fabrício Bohrer criou essa arte sensacional:
Obrigado, Fabrício!
Contato: fabricio.bohrer@gmail.com
Estamos no auge do verão e Porto Alegre tornou-se a sucursal do inferno. Apesar disso, ou talvez por isso, ando obcecado com a canção "Les Feuilles mortes"/“Autumm Leaves”, de Joseph Kosma e Jacques Prévert, e suas diversas versões. São centenas, mas aqui vão algumas delas:
A original, cantada por Yves Montand.
A versão jazz mais legal, de Cannonball Adderley com Miles Davis no trompete.
A homenagem de Serge Gainsbourg.
Versão brasileira by Maysa (cantando em francês e inglês).
A primeira versão em inglês, voz de Jo Stafford, letra de Johnny Mercer.
A versão de Mark Lanegan (a que mais ouço no momento).
Obrigado por chegar até aqui 😊 Muito obrigado pela atenção.
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Até a próxima,
Cesar
estou adorando esse formato e o espaço que você criou para, até aqui, escrever diálogos ótimos! fico na torcida pelas "vinhetas sombrias" ;)